Um assunto muito estudado atualmente é a Programação Metabólica, ela contempla eventos que acontecem durante o período intrauterino, e podem repercutir na vida adulta. Portanto, a alimentação da gestante pode induzir hábitos e preferências alimentares da criança, pois essas modificações que promovem alterações no genoma ocorrem durante a gestação.
A programação metabólica no desenvolvimento embrionário nos mostra que, a nutrição, estímulo ambiental, prática de atividade física, estilo de vida, tem efeitos sobre as funções do organismo podendo modificar o genoma, sendo capaz de aumentar ou diminuir os riscos de desenvolvimento de doenças.
Nos primeiros anos de vida a nutrição é fundamental para um bom desenvolvimento físico e mental. As primeiras experiências nutricionais são capazes de programar o padrão metabólico por toda a vida.
A introdução adequada da alimentação é de extrema importância, pensando nisso, segue algumas dicas…
O objetivo é orientar mães e cuidadoras, fazer a promoção de uma alimentação saudável, pois nessa fase costumam apresentar dúvidas, receios e ansiedade.
- A prática do aleitamento materno é de extrema importância. Amamentar envolve profunda interação entre a mãe e o bebê, e efeito protetor inicia-se logo após o nascimento, é indicado que a amamentação seja feita nos primeiros minutos de vida da criança, pois promove resposta genética, podendo ter impacto na saúde na vida adulta.
- Ofertar somente leite materno até os 6 meses; não oferecer chá, água, ou qualquer outro alimento. O leite que é produzido em pequena quantidade, logo após o parto, chamado de colostro, é extremamente necessário nos primeiros dias de vida, especialmente em bebês prematuros pois possui alto teor de proteínas.
- Ao completar 6 meses de idade, deve ser feita a introdução de alimentos de forma lenta e gradual (leite materno, papa de fruta, papa salgada), é importante manter o leite materno até os 2 anos. Quando a criança completa 6 meses ocorre o aumento das necessidades nutricionais que não são mais atendidas somente com o leite materno, porém o mesmo continua sendo fonte importante de nutrientes e calorias. Com a inclusão dos alimentos é importante que a mãe ofereça água (tratada e fervida) para a criança nos intervalos.
- Ao concluir os 6 meses a mãe deverá introduzir alimentos complementares, como cereais, carnes, tubérculos, leguminosas, frutas, legumes, 3 vezes ao dia, se a criança ainda estiver sendo amamentada. Quando a criança começa a receber outros tipos de alimentos a absorção do ferro do leite materno será diminuída, por isso é importante a introdução de carnes, ingerir alimentos fontes de vitamina C (laranja, acerola) junto ou após a refeição.
- A alimentação complementar deverá ser espessa e oferecida na colher, no início a consistência deverá ser pastosa (papas/ purê), aumentando gradativamente a textura do alimento até chegar a alimentação da família. Quanto mais consistente as refeições, maior será a densidade energética se comparada com as dietas diluídas (líquidas, como sopas e sucos).
- Ofertar diferentes alimentos ao dia, de forma variada e colorida.
- Incentivar o consumo diário de frutas, legumes e verduras nas refeições, pois são fontes de vitaminas, minerais e fibras.
- Evitar o consumo de açúcar, enlatados, café, refrigerante, fritura, balas, entre outras guloseimas, no primeiro ano de vida
- Atentar-se na higiene, no preparo e manuseio dos alimentos, garantir o correto armazenamento e conservação
- Respeite a aceitação da criança.
Procurem um profissional da área da saúde para melhor orientá-las.