Como criar uma criança sem deixá-la mimada?
24 de abril de 2017
Disciplina gera disciplina
24 de abril de 2017

A palavra Bullying é de origem inglesa que vem de Bully que significa valentão, brigão e não tem tradução exata para o português, mas, é um termo utilizado para qualificar comportamentos agressivos, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

O Bullying é uma forma de violência gratuita e cruel e ocorre por meio de maus tratos intencionais e repetitivos de forma verbal, moral, sexual, social, físico, material e até mesmo virtual.

O alvo do Bullying costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na escola como em casa. A criança que sofre Bullying na escola  principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para se integrar em um grupo e apresenta baixo rendimento escolar.

Nestes casos, a escola pode ajudar a evitar o Bullying tomando algumas atitudes como:

 

  •  Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
  • Estimular os estudantes a informar os casos que acontecem na escola;
  •  Reconhecer e valorizar as atitudes dos alunos no combate ao problema;
  •  Criar com os alunos regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;
  •  Estimular lideranças positivas entre alunos, prevenindo futuros casos;
  • Interferir diretamente no grupo o quanto antes, para quebrar a dinâmica do Bullying;

Muitas pessoas acham que Bullying é só quando alguém ofende alguém de alguma forma, participando ativamente do ato, mas, especialistas alertam para um personagem que quase ninguém o reconhece como responsável tanto quanto quem pratica, é o espectador. Aquele que só assiste alguém cometendo Bullying com o outro e simplesmente não faz nada é tão responsável quanto aquele que pratica o Bullying.

 

Tipos de Bullying:

 

  • Chamar por apelidos ofensivos;
  • Lançar calúnia ou tirar barato da característica do outro ( Gordo, baleia, zaroio – vesgo, 4 olhos – usa óculos, vareta – por se muito magro);
  • Puxar, dar pontapés, bater, beliscar, ou outro tipo de violência física;
  •  Atacar o emocional como excluir a pessoa do grupo, atormentar, ameaçar, manipular, amedrontar, chantagear, ridicularizar, ignorar;
  •  Toda a ofensa que resulte na cor, étnicas e/ou religião;

 

Características de alguém que está sofrendo bullying:

 

  • Estar sempre assustada e se recusar ir para a escola ou para o lugar que esteja sofrendo o Bullying;
  • Apresentar notas baixas;
  •  Isolar-se;
  • Começar a gaguejar;
  • Mostrar sentir angústia;
  • Deixar de comer;
  • Tornar-se agressivo;
  • Ter pesadelos constantemente;
  •  Tentar fugir;
  •  Tentar o suicídio;

O que não é Bullying?

 

Discussões ou brigas pontuais não são Bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor, mãe e filho, irmão com irmã também não é considerado Bullying se ocorrer de vez em quando. É necessário que a agressão ocorra em grupos, colegas de classe por exemplo. Todo Bullying é considerada uma agressão, mas, nem toda agressão é considerada Bullying.

Todos os pais, familiares e professores devem estar sempre atentos as suas crianças, pois uma mínima mudança de comportamento pode significar efeitos devastadores.

A escola não dever ser apenas um lugar de ensino formal que se ensina fórmulas e conceitos, mas, principalmente de formação de cidadãos, com direitos e deveres, de amizade, cooperação e solidariedade. Ter uma atitude contra o Bullying é uma forma eficiente de diminuir a violência entre alunos e a violência na sociedade.

 

Dr. Carlos
Dr. Carlos
Médico Pediatra formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fez Residência Médica em Pediatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira e Paulista de Pediatria. Faz parte do Corpo Clínico dos Hospitais Albert Einstein, Sírio Libanês e Santa Catarina.