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educação dos filhos

Você, que é pai ou mãe, já teve aquela terrível sensação de que está falhando na educação dos filhos? Ou – pior – acha que faz tudo certo e que o problema está nas crianças? Bem, não existem pais nem filhos perfeitos. O erro faz parte do processo da educação e da aprendizagem.

Porém, como pais, devemos sempre nos esforçar para errar o menos possível. Sim, porque os impactos desses erros podem aparecer em várias fases da vida do indivíduo, causando traumas, angústias e até desvios de comportamento. Aqui, expomos  os 10 erros mais comuns dos pais e das mães no processo de educação dos filhos:

  1. Autoritarismo. O autoritarismo é “caracterizado pela rigidez, domínio, poder e inflexibilidade”. Esse comportamento dos pais acaba gerando nos filhos os sentimentos de insegurança e dependência;
  2. Permissivismo. Trata-se de uma característica dos pais que são superprotetores, que não corrigem os filhos e fazem tudo o que eles querem. As consequências deste erro são filhos dependentes mimados imaturos e indisciplinados;
  3. Imaturidade. Muitos pais são incapazes de tomar iniciativas no que se refere aos problemas comuns do processo de educação dos filhos. Preferem ser colegas dos filhos, ao invés de, verdadeiramente, pais;
  4. Obsessão. Comportamento dos pais que têm preocupação excessiva sobre todos os aspectos da educação dos filhos: alimentação, saúde, higiene e até moral. Com isso, esses pais mantêm normas rígidas e podem influenciar negativamente os filhos em relação ao namoro, sexo e liberdade;
  5. Negligência. Acontece quando os filhos não são prioridades para o pai e a mãe. Com a família em segundo plano, os resultados para o cidadão que está crescendo podem ser catastróficos;
  6. Demissão. É a terceirização da educação dos filhos para os avós, a escola ou até mesmo a Igreja. São pais distantes fisicamente, que deixam a figura paterna ou materna se esvair para os filhos;
  7. Moralismo. “é o culto à lei, à moral e à submissão”. Pais moralistas nunca ouvem os filhos. Negativismo e intolerância se sobressaem no processo de educação;
  8. Ansiedade. Os desequilíbrios emocionais causados pela ansiedade podem deteriorar o ambiente familiar, dando espaço para brigas, violências e abusos; 9. Distância (física ou afetiva). A falta de afeto ou a ausência física contribuem para que os filhos se sintam rejeitados e deprimidos, gerando falta de diálogo e referências;
  9. Descrença. A falta de fé e o abandono da religião têm impactos profundos na formação espiritual das crianças, que crescem despreparadas para enfrentar dificuldades como: doença, crise financeira e a morte na família.

Mas como evitar os erros na educação dos filhos?

Vale a pena investir no casal e que a preparação para a paternidade e a maternidade começa muito antes do casamento: “Pais despreparados, filhos desequilibrados; pais ausentes, filhos deliquentes; pais permissivos, filhos onipotentes; pais omissos, filhos rebeldes”. A família é a primeira escola da vida; portanto, cabe aos pais educar seus filhos pelo exemplo, pela palavra, pelos valores e pela disciplina.

Dr. Carlos
Dr. Carlos
Médico Pediatra formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fez Residência Médica em Pediatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira e Paulista de Pediatria. Faz parte do Corpo Clínico dos Hospitais Albert Einstein, Sírio Libanês e Santa Catarina.