Arrumando a lancheira das crianças
28 de março de 2017

A pele macia, os olhos grandes, aquele cheirinho irresistível… Entenda o que faz todo mundo se derreter diante dos bebês – até mesmo quem nem tem filhos!

Pode admitir: você não resiste à fofura do seu bebê, não é? A ciência tem uma boa explicação para isso. Bochechas grandes, pele macia, risada contagiante e aquele cheirinho típico que todo bebê tem. Todos esses fatores contribuem para você se derreter.

De acordo com uma revisão de estudos feita pela Universidade de Oxford, na Inglaterra,os bebês são programados para amolecer o coração de seus cuidadores. As características deles fazem com que os pais se sintam estimulados a dedicar tempo e atenção à criança. Isso funciona como um mecanismo de sobrevivência do ser humano, já que nascemos indefesos e completamente dependentes dos outros.

“Somos programados para proteger as crianças. A própria mãe passa por um período em que produz muito hormônio justamente para isso. A criança é pequena, fofinha, tem olhos grandes e redondos. Até o choro dela liga um alarme no cérebro do adulto”, explica o pediatra e neonatologista Nelson Douglas Ejzenbaum, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Segundo o médico, a depressão pós-parto (uma alteração hormonal no corpo feminino) afeta esse instinto protetor com o filho.

O poder da fofura
Os pesquisadores de Oxford reforçam a ideia de que a graciosidade do bebê causa nos adultos uma atividade cerebral muito intensa, seguida por conexões neurais mais lentas. Isso ativa áreas responsáveis pela empatia e desperta as capacidades maternas e paternas nos adultos.

Os dados mostram que não é só a parte física que encanta. O cheiro e os sons emitidos também chamam a atenção dos cuidadores.

O curioso é que esse mecanismo de sobrevivência é tão potente que funciona não só com os pais do bebê, mas com qualquer pessoa diante da criança – até mesmo as que ainda não têm filhos…